A experiência selecionada para ser compartilhada deu-se no Centro de Atenção Psicossocial do município de Umbuzeiro (PB). Diante do contexto pandêmico que iniciou-se em Março de 2020 viu-se a necessidade de implementar medidas de distanciamento social e sanitárias, orientadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Desta forma viabilizou-se junto a Secretaria Municipal de Saúde do município, um aparelho telefônico para que fosse implantado o serviço de acompanhamento psicossocial remoto, com o intuito de preservar o vínculo terapêutico estabelecido com os usuários. A fim de manter o cuidado e fortalecer essa dinâmica de acolhimento, buscou-se uma maneira segura (diante das orientações sanitárias) para que os usuários mantivessem as orientações terapêuticas atualizadas, possibilitando o monitoramento da sua saúde mental e emocional.
Tendo em vista a necessidade apresentada no serviço de saúde mental diante do contexto pandêmico vivenciado pela população, observou-se a necessidade de implantar um serviço de atenção psicossocial de maneira remota. No entanto, foi solicitado à Secretaria Municipal de Saúde um aparelho telefônico com acesso a internet e aplicativos de comunicação, para ser utilizado no contato com os usuários e familiares mantendo o serviço de saúde mental ativo e respeitando as orientações sanitárias vigentes. Ao mesmo tempo, para o desempenho do acesso foi necessário realizar um trabalho educativo com a equipe do serviço, esclarecendo e estabelecendo critérios para utilização do mesmo de maneira profissional. A disseminação do contato ocorreu de forma gradativa de acordo com a necessidade do serviço e dos usuários, este suporte foi acontecendo de maneira exitosa e na medida que os mesmos utilizavam a ferramenta disponibilizada, tinham suas demandas atendidas fortalecendo o vínculo e proporcionando a continuidade do cuidado através de mensagens de texto, áudio e vídeo chamada via WhatsApp, ligação de voz , referência e contra referência via e-mail. A fim de avaliar a implantação do atendimento e acompanhamento remoto foi disponibilizado uma caixinha da sugestão na sede do Caps I e ao final de cada atendimento psicossocial era solicitado que o usuário expressasse o nível de satisfação em relação ao atendimento realizado.
A pandemia da covid-19 foi um momento propício para aprimorar as práticas tecnológicas e verificar na prática como essas ferramentas podem colaborar positivamente com a dinâmica do serviço público de saúde mental. Diante do relato mencionado faz-se necessário que os gestores municipais de saúde deem visibilidade ao uso de práticas tecnológicas em saúde mental mantendo a continuidade do cuidado.
Rua Rui Barbosa, Umbuzeiro - PB, Brasil
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