Conforme orientação da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a Fundação Ezequiel Dias (Funed) realizou testes amostrais aleatórios para o vírus da Febre do Oropouche, encontrando duas amostras positivas em Ipatinga (MG). A administração estadual iniciou rapidamente o planejamento para enfrentar a nova arbovirose. As pacientes afetadas são idosas e residem em bairros semirrurais, Pedra Branca e Chácaras Oliveira.
A Febre do Oropouche é transmitida, principalmente, pelo mosquito maruim (Culicoides paraenses), mas pode ser também transmitida por Aedes serratus e Culex quinquefasciatus. Embora predominante no Norte do Brasil, casos foram encontrados em vários estados, incluindo Bahia, Espírito Santos, Piauí, Santa Catarina, Mato Grosso, Maranhão, Rio de Janeiro e Paraná. No dia 23 de maio, a Funed notificou o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) sobre quatro casos positivos, incluindo dois em Ipatinga.
A seção Prática do Dia destaca as ações que foram tomadas para controlar a transmissão do vírus, incluindo um bloqueio no raio de 300 metros ao redor das residências das pacientes, com foco na eliminação de água parada e resíduos orgânicos, além da remoção de folhas de bananeiras. As ações de dedetização foram executadas com inseticidas específicos.
Foram removidos cerca de 31.000 m³ de resíduos e, embora não tenham sido instaladas armadilhas para monitorar os vetores, os moradores relataram redução dos mosquitos. Não houve novos casos confirmados de Febre do Oropouche em Ipatinga após essas medidas, mas novos casos foram detectados em outras cidades da região.
Confira aqui a prática na íntegra.
