Estratégias eficazes e eficientes foram executadas no município de Belo Oriente, com resultados mensuráveis na cobertura vacinal de crianças menores de 02 anos, pois tirou o município de risco alto de transmissão, para risco baixo na classificação de reintrodução de doenças imunopreveníveis, refletindo também no indicador do Previne Brasil, nos trazendo a certeza que aumentamos a imunidade no território e que estamos, com muitas lutas, enfrentando o movimento antivacina em nossa cidade tentando fazer com que ele não cresça na nossa população. Outra condição da qual nos orgulhamos muito é a cobertura vacinal dos grupos populacionais que são considerados mais vulneráveis, que possuem a indicação e o direito de receber imunobiológicos especiais diversos, que vão ajudá-los a adoecer menos ou caso adoeça seja de forma mais branda. Esse esforço da gestão em convencer as equipes a fazerem as solicitações a quem de fato têm direito, tendo a grande maioria dos pedidos aprovados pela SES, foi e ainda é um grande desafio, pois os profissionais médicos, muitas das vezes desconhecem esse universo que é são os “imunobiológicos especiais”. Fazer chegar a todos que têm direito, todas as vacinas é um prioridade em nossa cidade, lembramos sempre que vacina não têm somente um grupo etário, que é para todas as idades, e assim pensando vamos convencendo nossa população, que sim é na infância que mais se vacina, mas esse ato é para a vida toda, e que como vivemos recentemente, com vacinas que até mesmo ainda não conhecemos, pois doenças surgem a todo o momento e doenças imunopreveníveis serão sempre fruto de estudos para protegermos as populações das consequências de viver doenças que podemos prevenir com vacinação, queremos de fato não tê-las em nosso território, mas caso aconteça, não nos deixe com cidadãos sequelados. Reconhecemos o auto custo para o povo brasileiro da oferta desse direito, e os valorizamos de forma tal que o Ministério da Saúde está de parabéns por a cada dia mais fazer dessa política uma política que é modelo copiado pelo mundo afora.
Fizemos um levantamento de todas crianças com faixa etária de 0 a 24 meses por equipe, consultamos os cartões no e-SUS APS, e verificamos que algumas crianças estavam com vacinas atrasadas e algumas eram erro e/ou falta de lançamento. O erro de lançamento com maior intensidade é o lançamento de vacinas aplicada pelo vacinador, e registrado como transcrição de caderneta. Quando o registro é feito por transcrição de caderneta ele não migra para o SI-PNI Web, então a dose não entrar para meta de cobertura vacinal. Outro desafio foi imunizar os grupos especiais, com os imunobiológicos especiais, do ano de 2020 até a data de 18/04/2023. Foi solicitado ao Crie vacinas para 645 cidadãos que possuem esse direito, e todos eles já foram devidamente vacinados, os grupos que foram solicitados, são diabéticos, cardiopatas, imunocomprometidos, transplantados, hemoglobinopatias, dentro outros. Segundo informações da nossa Regional de Saúde de Coronel Fabriciano, somos um munícipio que realiza muita solicitação de imunobiológicos especiais, proporcionalmente mais que cidades com quase 300 mil habitantes.
Após identificarmos, logo pós uma pandemia, ainda vivendo os muitos traumas que essa nos trouxe, começamos a pensar nos mecanismos para mudar a situação do diagnóstico realizado por nós, tomamos muitas decisões e atitudes: ampliamos o número de salas (uma nova sala), treinamos todo o grupo, fazemos a aplicação dos roteiros de diagnóstico de sala de vacina, avaliamos o que é encontrado e intervimos nos pontos críticos. Utilizamos, através de monitoramento de relatório do e-SUS APS, uma planilha no Excel por equipe e nela com nome da criança, CPF ou SUS, endereço e a situação vacinal. Na situação vacinal colocamos as vacinas atrasadas em vermelho ou o aprazamento da próxima dose. Realizamos a conferência semanal das crianças atrasadas e se o aprazamento está na data de retorno para administração da dose. É realizado a busca ativa das crianças com vacinas atrasadas pelos técnicos de enfermagem das salas de vacina na residência da criança, já levando as vacina em atraso, os enfermeiros colaboram na organização do melhor horário para a visita e faz as programações necessárias, pela visita dos agentes comunitários de saúde, que informa a mãe a necessidade de vacinar. Imagem 01. Legenda: Verde: Crianças que já completaram o esquema vacina de 15 meses, ai o aprazamento de doses de rotina com 04 anos. Vermelho: Crianças com vacinas atrasadas. Quando a busca ativa é realizada, e a criança já foi vacinada nas salas de vacina do município mas não tem registro no e-SUS, caso a dose foi administrada no período de 12 meses, é realizado o lançamento via CDS no e-SUS. Isso se dá por problemas nos sistemas envolvidos ou em função das grandes demandas das salas de vacina, nos poucos profissionais que temos qualificados e na resistência de outros colaboradores a serem treinados para atuar nesse ambiente.
Mediante o exposto, as estratégias simples e eficazes, com elevado nível de controle e gestão, com pessoas responsáveis e comprometidas a frente do projeto, com as oficinas oferecidas pela SES, com a realização do Curso ImunizaSUS por três enfermeiras da cidade, com as parcerias estabelecidas com diversos setores, conseguimos elevar a cobertura vacinal do município e impactou nos indicadores como mostra as imagens abaixo: Imagem 02. Cobertura vacinal ano de 2021. Fonte: Tabnet, 14/04/2023 Imagem 03. Cobertura vacinal ano de 2022. Fonte: Tabnet, 14/04/2023 Imagem 04. Resultado previne Brasil 2021. Fonte: SISAB, 14/04/2023 Imagem 05. Resultado previne Brasil 2022. Fonte: SISAB, 14/04/2023 Todo este processo de trabalho em que o cuidado e assistência às criança, às pessoas com necessidade de imunobiológicos especial, está fazendo o fortalecendo a imunização do município, tornando os vínculos das equipes com suas respectivas salas de vacinas, de fato mais resolutivo. Entendemos também que a qualificação de todo registro deve ser feita, que a busca ativa precoce para cada vacina deverá ser realizada em tempo oportuno, seja esse tempo definido pelos ‘pais responsáveis’ (sabemos que existem muitas justificativas para uma família atrasar as vacinas de seus filhos, e nem sempre é irresponsabilidade) que não atrasam as vacinas de seus filhos ou por aqueles, que em nossa responsabilidade vamos a suas residências e vacinamos.
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