- Atenção Primária à Saúde
Luana Izabel da Silva Nunes
- 25 set 2024
Amapá
O município de Jesúpolis iniciou em 2015 o processo de melhora na qualidade a atenção básica a saúde, através da tutoria oferecida pela Secretaria do Estado de Goiás. Nesse processo, notou-se a necessidade de melhorar a adesão das gestantes a assistência pré-natal, para isto foi criado o Projeto Doce Espera, partindo do enfoque multidisciplinar, incluindo as Secretarias de Saúde, CRAS e Assistência Social. O projeto oferece palestras educativas ministradas pela equipe multidisciplinar, incluindo temas como amamentação, vacinação, nutrição, além de promover o autoconhecimento sobre seus direitos. Para participar do projeto as gestantes residentes no município de Jesúpolis, devem comparecer a todas as consultas médicas e da equipe de enfermagem, para que sejam beneficiadas com incentivos assistenciais. Incluso nestes incentivos estão: um kit completo de enxoval, um kit de escova de cabelo, um book em CD e uma foto em moldura.
Avaliar a qualidade da assistência pré-natal na Estratégia Saúde da Família -Listar os pontos positivos da assistência prestada as gestantes do município de Jesúpolis pela equipe multiprofissional. Descrever as estratégias utilizadas pela equipe o presente trabalho foi realizado no Município de Jesúpolis que possui aproximadamente 3.000 mil habitantes. o sistema de saúde é composto por uma Estratégia Saúde da Família, totalizando apenas uma equipe. A coleta de dados foi realizada mediante a análise da ficha de pré-natal ou, na falta dessa, do prontuário médico, analisando-se os registros de pré-natal das mulheres com data provável de parto (DPP) nos nove meses anteriores ao início da coleta de dados, no serviço estudado, totalizando 20 prontuários de pré-natal. Realizou-se estudo transversal para avaliar a qualidade do atendimento pré-natal na unidade de atenção primária à saúde do município de Jesúpolis.
Um total de 20 registros de atendimentos pré-natal foram analisados. Esse número representa uma cobertura de 100% das gestantes do município, considerando-se os nove meses avaliados. Aproximadamente 75% das gestantes ingressaram no programa durante o primeiro trimestre, com média de 6 consultas por gestante. Sendo que 25% realizaram entre 4 e 5 consultas de assistência ao pré-natal, 75% de pré-natais realizados foram adequados, 25% intermediários e 0% inadequados. Quando se acrescentou ao critério de adequação o numero de 2 registros de exames complementares observou-se que manteve-se em 75% de adequação. Esses números corroboram positivamente as estratégias aplicadas no município para melhorar a adesão das gestantes ao pré-natal. Entendemos que esta experiência exitosa pode subsidiar ações que contribuam para o planejamento de assistência que contemple a mulher gestante de modo integralizado, com perspectivas de construção de novas propostas de saúde, envolvendo equipe multiprofissional, gestores e instituição pública de saúde. Avaliações periódicas nos serviços de saúde devem se tornar uma prática rotineira, a fim de se identificar os nós críticos e propor ações que intervém de forma positiva.
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