O Pró-mamá tem como objetivo padronizar a assistência ao recém-nascido e as ações de orientação às nutrizes no manejo ao aleitamento materno, a fim de aumentar os índices de amamentação, reduzir o desmame precoce e a morbimortalidade neonatal no município de Osório. Esta ação faz parte da Rede Cegonha e sua implementação norteia a conduta de todos os profissionais da Atenção Básica.

O pró-mamá promove a formação de um profissional de referência em cada equipe de Estratégia de Saúde da Família, com o objetivo de atuar de forma mais próxima ao território e aos usuários, principalmente nos primeiros dias de vida, intervindo o mais breve possível. Tais profissionais estão sendo capacitados constantemente pela equipe multidisciplinar do Pró-mama. Foi realizada uma capacitação inicial com estes profissionais no intuito de balizar os conteúdos técnico-científicos e, atualmente, acontecem encontros bimestrais para discussão de casos e educação permanente com base na literatura científica. Essas referências atuam diretamente no acompanhamento da díade mãe-bebê em seu território adscrito através de visita domiciliar e atendimentos na Unidade de Saúde. Os casos mais complexos são discutidos e encaminhados para a equipe multiprofissional do PRÓ-MAMÁ que é composta por fonoaudiólogo, nutricionista e psicólogo. Outras ações desenvolvidas pelo programa compreendem grupos, orientação, sala de espera, visitas domiciliares, interconsultas e discussão de casos no intuito de que a introdução de fórmulas infantis ou leite de vaca seja a última opção. Vislumbrando uma maior interação entre o programa e a comunidade osoriense, a equipe do Pró-mamá, juntamente com a comunidade acadêmica do Instituto Federal do Rio Grande do Sul – IFRS, está desenvolvendo um aplicativo municipal voltado à amamentação. O aplicativo complementa as ações das Equipes de Saúde, sem substituir a atuação profissional.
Foi realizado um levantamento do índice de aleitamento materno nas equipes de Estratégias Saúde da Família, durante os meses de setembro e outubro de 2016. Estes dados servem como parâmetro inicial do programa a fim de possibilitar avaliação posterior da efetividade deste, obter informações atualizadas acerca do aleitamento materno até os 24 meses de vida da criança, bem como nortear as políticas públicas em relação ao aleitamento materno no município. Foram coletados dados em relação ao aleitamento materno exclusivo, uso de fórmulas infantis e leite de vaca, bem como sobre a introdução alimentar. Destes, destaca-se que 47,09% dos bebês da amostra de 0 a 6 meses estão em aleitamento materno exclusivo. Tais dados estão em consonância com a literatura atual. A 2ª pesquisa de prevalência de aleitamento materno nas capitais brasileiras e Distrito Federal, de 2009 a prevalência do AME até 6 meses foi de 41%.