- Promoção da Saúde
Bruno Henrique da Silva Ramos
- 18 nov 2024
Projeto de extensão universitária que se desenvolve junto aos profissionais de saúde da Atenção Básica na zona norte do município do Rio de Janeiro. Objetivos: Apoiar iniciativa da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro com as técnicas de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) na melhoria da qualidade de vida dos profissionais de saúde da Atenção Básica a partir da parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Metodologia: Uma proposta extensionista com professoras do Instituto de Nutrição da UERJ e profissionais de saúde da SMS/RJ que participam da iniciativa da prefeitura municipal Cuidando de Quem Cuida e oferecem atendimentos itinerantes em PICS aos profissionais de saúde das Unidades de Atenção Básica da área da 3.2, uma parte da zona Norte do municipio do Rio de Janeiro. São oferecidos também capacitações em PICs e vivências em eventos.
Até 2009 cobertura Estratégia Saúde da Família (ESF) no municipio do Rio de Janeiro foi a mais baixa entre as capitais brasileiras 7% (MS, 2015), em 2013 era de 41%. Em 2008 o orçamento público municipal foi o mais baixo para a saúde entre as capitais brasileiras. A porcentagem de recursos utilizados na rede hospitalar foi de 83%, as maiores distorções nos gastos em saúde. A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico recomenda 37,7% (Soranz et al., 2016). O Município do Rio de Janeiro possui 100% da Atenção Básica sob administração de Organizações Sociais (OS).Os altos níveis de violência na cidade do Rio de Janeiro potencializa a alta carga de estresse e as dificuldades de trabalho dos profissionais das 24 Unidades Básicas de Saúde (UBS) da AP 3.2 .A Área Programática (AP) 3.2 se situa em parte da Zona Norte do município do Rio de Janeiro e possui 550.000 habitantes, 23 Clínicas da Família. As APs 3.1, 3.2 e 3.3 juntas são a área mais populosa da cidade (37,9% da população), metade dos moradores de favelas vive nessa região.Diariamente, a população e os profissionais de saúde convivem com falta de medicamentos, operação policial no entorno das Unidades que resultam em tiros que perfuram paredes das unidades ou interrompem o acesso. Atrasos nos salários e más condições de trabalho também são frequentes. Entre 2017 e 2019 as Equipes de Saúde da Família do municipio foram reduzidas de 1.257 para 1.081, os profissionais de saúde de 11.448 para 8.766 e o percentual da população atendida de 71% para 61% (Secretaria Municipal de Saúde) Para atender à Lei Orçamentária Municipal de 2019 que previu corte de 725 milhões para a saúde, foi lançada o Projeto de Reorganização dos Serviços da Atenção Primária à Saúde, um projeto que: Altera a composição das equipes e que permitem que uma equipe funcione com apenas um ACS
O impacto pessoal e social dos profissionais que ministram e recebm alguma PICS se deve ao atendimento mais humanizado e integrativo. É importante ampliar as PICs para todas Unidades Básicas de forma cautelosa e responsável, com cursos de capacitação bem estruturados nas dimensões teórico-prático a fim de obter a excelência do atendimento dos usuários. As Universidades podem facilitar apoiando e internalizando o tema nos currículos.
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