- Atenção Primária à Saúde
Mateus Emanuel da Silva Santos
- 22 maio 2024
Fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) e contribuir para o controle da tuberculose, com o monitoramento das políticas públicas de saúde e promoção do controle social. Com esses objetivos, a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) criou a coordenação do Observatório Tuberculose Brasil. Integrante da rede, o observatório é composto de diversas unidades da Fiocruz, com a proposta de articular as ações de pesquisa e serviço da Fundação na área. O Observatório TB Brasil pretende desenvolver ações em advocacy communication and social mobilization (ACMS) e monitorar os indicadores sociais e epidemiológicos relacionados à tuberculose. As ações estão de acordo com as metas de desenvolvimento do milênio, estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e contam com ativa participação de movimentos sociais no que se refere à execução dos compromissos assumidos oficialmente pelas três esferas de governo.
Por um Brasil livre da Tuberculose: o desafio. A tuberculose ainda é um sério problema da saúde pública no Brasil, com profundas raízes sociais, está intimamente ligada à pobreza e à má distribuição de renda, além do estigma que implica na não adesão dos portadores e/ou familiares/contactantes. O surgimento da epidemia de Aids e o aparecimento de focos de tuberculose multirresistente agravam ainda mais o problema. O surgimento da Aids inaugurou um novo capítulo da tuberculose em todo o mundo. São muitos os problemas: falta de vontade política e resistência dos gestores locais, desconhecimento, desinformação e desatenção dos conselhos de saúde, falta de pessoal técnico especializado, programas e serviços sem estrutura de funcionamento adequado, sistema de notificação de casos precário, baixa cobertura da estratégica de saúde da família e de programas de agentes comunitários de saúde, falta de benefícios sociais/assistenciais e facilidades aos pacientes em tratamento como transporte e alimentação, falta de informação e orientação adequada aos pacientes e familiares, dificuldade de acesso às unidades de saúde, demora no atendimento e na entrega do resultado do exame por parte dos laboratórios, alto índice de abandono do tratamento e perda de casos em tratamento pelos programas que não fazem a busca ativa dos abandonos e de novos casos. A maioria dos programas de tuberculose, ainda centralizados, espera que a pessoa com tuberculose vá até a unidade de saúde na maior parte nas emergências e hospitais de referências. Este método passivo na detecção de casos atrasa o diagnóstico e permite à tuberculose se disseminar mantendo a cadeia de transmissão na comunidade. Contudo, é crescente a onda mundial do protagonismo de entidades, grupos e redes não governamentais que buscam uma nova atuação e um novo papel social e político para defender os seus interesses e intervir em diversos aspectos que o estado faz de forma precária. É o caso das epidemias como a AIDS e a Tuberculose. Nesse contexto, consideramos de fundamental importância o papel e a participação das ONGs, fóruns e redes comunitárias, em parceria com os governos e a academia no enfrentamento da tuberculose. O lançado no 5º Encontro anual do Fórum ONGs Tuberculose. O Observatório Tuberculose Brasil é um mecanismo não governamental que tem como objetivos: fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) e contribuir para o controle da tuberculose, com o monitoramento das políticas públicas de saúde e promoção do controle social. Campos de atuação: tecnologia social, mobilização social e participação comunitária
Vinculado à Escola Nacional de Saúde Pública/Fiocruz, o observatório tem o objetivo de fortalecer o SUS e contribuir para o controle da tuberculose no Brasil.
Pesquisa: levantamento, acompanhamento, discussão e divulgação de pesquisas nacionais e internacionais.
Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca - Rua Leopoldo Bulhões - Manguinhos, Rio de Janeiro - RJ, Brasil
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