A informação é o insumo essencial para o planejamento das ações, fundamental para a democratização da saúde e aprimoramento da gestão. No tocante a assistência pré-natal, as informações fundamentais para o planejamento, acompanhamento e avaliação das ações desenvolvidas pelo Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento, são sistematizadas e consolidadas pelo sistema de informação Sisprenatal. Cerca de 98% das mortes de mulheres são por causas maternas evitáveis, e o Sisprenatal é uma estratégia que visa a redução desses índices.

Objetivos: avaliar, historicamente, o impacto do Sisprenatal na assistência à mulher no ciclo gravídico-puerperal. Metodologia: pesquisa descritiva-documental, de abordagem quantitativa, utilizando indicadores do Sisprenatal disponibilizados pelo datasus, referentes ao estado da Paraíba, e aos seguintes biênios: 2000 e 2001, 2005 e 2006, e 2010 e 2011. Os dados foram coletados em abril e maio de 2012, e extraídas as variáveis: Nº de gestantes, Nº de gestantes acompanhadas pelas ESF, Nº de gestantes que iniciaram o pré-natal no 1º trimestre, cobertura de consultas pré-natal, Nº de consultas pré-natal mês, cobertura vacinal, tipos de partos e Nº de mortes maternas. Resultados: observou-se aumento do nº de gestantes cadastradas, do nº de gestantes acompanhadas, do nº de pré-natal iniciado 1º trimestre. A cobertura de consulta de pré-natal passou de 72, 87% em 2000 para 92,52% em 2011, o número médio de consultas passou de 4 a 6, para mais de 7. A cobertura vacinal antitetânica passou de 80,76% em 2000 para 94,67% em 2011. Ampliação da cobertura de assistência hospitalar no parto, com aumento progressivo do parto cesáreo. O número de mortes maternas passou de 15 em 2000 para 20 em 2011. Considerações finais: é evidente a melhoria da cobertura da assistência ao pré-natal e parto após a implantação do Sisprenatal, apesar de não, diretamente, refletida na redução absoluta dos números de mortes maternas no estado, embora, no Brasil e no Nordeste, essa redução tenha sido alcançada. Sugerimos reflexões sobre o dimensionamento das ações dentro do território estadual, sensibilizando gestores a realizarem análise periódica das informações, utilizando-as para além dos repasses financeiros, mas oferecendo adequação e melhoria da assistência, sensibilizando também os profissionais de saúde, a prestarem informações fidedignas e contínuas.