O presente projeto tem por objetivo propor dinâmicas e estratégias para que a população do município de Cordeirópolis, interior de São Paulo, alcance as metas propostas pelo Programa Nacional de Imunização (PNI). Atualmente, as mídias sociais têm impulsionado a informação de forma satisfatória, quando campanhas são propagadas com coerência e clareza. Por outro lado, as famosas fake news geraram descredibilidade e baixa adesão das famílias à imunização. Muitas pessoas não consideram a importância da vacinação devido à falta de conhecimento sobre diversas doenças, o que resultou em casos de Poliomielite e sarampo sendo esquecidos ou desconhecidos pela população.Como estratégia de divulgação do conhecimento à população, a Vigilância Epidemiológica Municipal de Cordeirópolis, desenvolveu páginas no Facebook e Instagram, que são publicadas frequentemente com informações atreladas às questões de saúde em geral, principalmente à imunização. Os treinamentos realizados a equipe de saúde, também são estratégias essenciais para que as mesmas estejam atualizadas e principalmente, façam os registros oportunamente nos sistemas de informação em saúde e estes contabilizem as doses aplicadas adequadamente. O trabalho de conscientização deve vir da base, os pais e responsáveis, em virtude disso, para que os mesmos tenham facilidade de acesso à própria imunização, foi desenvolvida a parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e as empresas da cidade, com o intuito de promover a educação em saúde à população. Dessa união surgiu o projeto “Juntos pela Vida”, a qual proporciona a vacinação nos locais de trabalho. Atualmente, devido à grande contribuição e parceria com a rede de educação, que têm o papel fundamental no compartilhamento dos benefícios da imunização, o acesso à informação é de grande absorção e divulgação pelas crianças do município. Com todas as estratégias apresentadas pelos municípios, a troca de informações é essencial para alcançar as metas preconizadas.
A partir dos resultados da pesquisa, os problemas mais relevantes que impedem o aumento das coberturas vacinais foram: Desconhecimento de doenças que podem ser evitadas com a vacinação; Flexibilidade de horários para realizar a vacinação em menores acompanhados dos responsáveis; Disseminação das fake news acerca da imunização; Garantir que o registro da vacinação seja feito de maneira adequada; Manter vínculo com instituições públicas e privadas para ações de vacinação em massa e divulgação de informações.
Para que os itens acima sejam exitosos, os profissionais de saúde devem estar comprometidos com as ações, pois é a peça fundamental para que as mesmas sejam alcançadas. A motivação da equipe é o motor da engrenagem que fará com que o cenário mude. Ao pensarmos no sistema de saúde como uma grande máquina, sendo o motor nossa equipe de funcionários, caso alguma peça precise ser modificada, haverá um manual para que novos componentes sejam inclusos. Daí a criação dos POPs junto à GVE contribuirão para que o manual de instruções seja seguido. As organizações dos processos de trabalho e rotina das salas de vacina serão asseguradas dessa forma. As peças precisam de manutenção, por isso a engrenagem precisa estar calibrada, nosso motor precisa estar sempre em manutenção. Os colaboradores que já estão em atividade precisam ser atualizados conforme a necessidade. A modernidade fez com que a população se tornasse adepta à tecnologia, por isso, a modernidade das vacinas deve ser explorada da mesma forma. Grande parte da população desconhece toda a infraestrutura embutida no desenvolvimento dos imunobiológicos, o que faz da indústria uma das mais seguras do mundo. O Brasil conta com laboratórios de renome como o Butantan e Biomanguinhos, por exemplo, na dianteira tecnológica destes insumos. Com a pandemia, os laboratórios foram levados mais a público, porém não o suficiente para demonstrar a capacidade tecnológica, e infelizmente, contou com o descrédito das notícias falsas, chamadas fake news. Aproveitando o quesito de tecnologia, o aplicativo Conecte-SUS apresenta o item “Vacina”, os quais sugeriram que numa próxima atualização seja vista a possibilidade de que as vacinas de rotina em atraso sejam identificadas e informadas ao usuário, pois o desconhecimento gera em alguns casos, a não vacinação. As ações dessa tecnologia são de responsabilidade dos desenvolvedores do sistema, ou seja, da união. Cabe aos municípios garantir a aplicabilidade dos recursos financeiros vindos do governo no âmbito da atenção primária e vigilância em saúde, que deve ser direcionado para ações de combate ao sarampo, e assim, incrementar nas buscas dos faltosos, com campanhas extramuros. As estratégias utilizadas na campanha de vacinação em massa contra a Covid-19 devem ser adotadas nas demais, pois foram capazes de imunizar grandes populações em locais diferentes, acessíveis e horários alternativos. O trabalho intensivo do PSE (Programa Saúde na Escola) deve incluir a checagem das carteirinhas de vacinação e, além disso, o ciclo de palestra aos alunos e pais sobre o tema de imunização. Junto às escolas, também estamos elaborando a implantação de palestras e atividades lúdicas sobre o tema “Vacinas” aos pais e alunos. O compartilhamento de documentos técnicos deve ser feito de forma com que seja de fácil compreensão. Por isso a interpretação dos mesmos deve ser feita, analisada e repassada, a fim de garantir qualidade na informação repassada, sem ruídos de comunicação. A comunicação é o processo pelo qual uma pessoa ou instituição transmite uma mensagem para os demais. É uma troca de informação entre dois ou mais indivíduos com o objetivo de compartilhar conhecimento, sentimentos, idéias, entre outros. Estamos em um período onde a comunicação move montanhas, e está cada vez mais acessível para todos os grupos de pessoas. Para atingir a estes grupos, a clareza na comunicação é fundamental. A divulgação de campanhas em diferentes métodos (como fotos, banners), em mídias distintas, assegura que maior número de pessoas receba a informação e sintam-se parte delas. Na vigilância epidemiológica de Cordeirópolis, procuramos levar imagens dos munícipes, com sua prévia autorização, nas redes sociais (Instagram e Facebook), divulgando a importância de sua vacinação, por exemplo. As publicações que possuem marcação de pessoas alcançam dez vezes mais visualizações, pelo menos, em relação às publicações de folders por exemplo. Além disso,recebem mais comentários e são repostadas. A criação de conteúdo é um passo importante na comunicação, por isso quando médicos ou demais profissionais conceituados no município, falam sobre temas de saúde em geral, atraem a visualização, chegando ao conhecimento das pessoas. A participação de pessoas influenciadoras da massa em campanhas hoje é fundamental para atingirem a atenção da grande população. Trazer à discussão os temas de saúde pública, no caso a baixa adesão vacinal, deve ser mantido em alta, uma vez que a pandemia evidenciou as fragilidades e forças do Sistema único de saúde, nosso SUS.
A capacidade de se adaptar as mudanças foi evidenciada na pandemia, tanto para os profissionais de saúde como para a população em geral. Mediante o cenário atual, podemos enfrentar a situação das baixas coberturas vacinais trabalhando na sociedade como um todo, trazendo para o problema todos os seus envolvidos. As iniciativas pública e privada têm um compromisso junto à situação, pensando em estratégias para atendimento das demandas de vacinação em locais e horários diferenciados. Eles também auxiliam na propagação de informações inerentes ao tema. A valorização do colaborador do SUS é o principal motivador das campanhas e execuções de atividades relacionadas à vacina. Os mesmos devem ter condições de trabalho adequadas para desenvolverem seutrabalho com sucesso. Para que alcancemos as metas e possamos garantir saúde das novas gerações, vamos subir a hashtag #ImunizeMaisAdoeçaMenos.
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