- Atenção Primária à Saúde
Mateus Emanuel da Silva Santos
- 22 maio 2024
O grupo Gestar é uma iniciativa da enfermeira da equipe da Estratégia Saúde da Família 302 (ESF) e da docente enfermeira do Centro Universitário de Goiatuba (Unicerrado) que realiza estágios da disciplina de obstetrícia. Para que as mulheres brasileiras, inseridas em uma cultura cesarista dominante, consigam realizar as mudanças individuais necessárias para terem partos ativos, elas precisam desenvolver autonomia e autoconfiança durante a gestação e precisam de apoio emocional em suas comunidades. E esse é o papel do grupo Gestar. Além do incentivo ao um parto ativo e seguro, o grupo também incentiva o aleitamento materno exclusivo até os seis meses e complementado até os dois anos de idade. Diante disso, o surgimento do grupo se justifica pela responsabilidade que a equipe de atenção primária possui em promover informações de saúde às gestantes para prevenir agravos à saúde da mãe e do bebê.
Estabelecer uma rede de apoio para as gestantes com incentivo ao parto normal, aleitamento materno e cuidados gerais durante o ciclo gravídico puerperal. O grupo Gestar acontece semanalmente na sala de reuniões da ESF 302, às 14h00. Em cada encontro são trabalhados conteúdos desde a concepção, a fisiologia da gestação e do parto, até os cuidados com o recém-nascido e com a mulher durante o período puerperal. As reuniões são abertas ao público do município, incluindo pais e responsáveis que estão em contato direto com as gestantes e são elaboradas de acordo com as demandas do público alvo e em dados momentos há participação de outros profissionais que contribuam com temáticas relacionadas aos objetivos do grupo.
A média de comparecimento de gestantes no grupo é de 20 mulheres por encontro e foi perceptível que as mulheres demonstram mais segurança tanto no cuidado com a gestação, como no cuidado com seu filho recém-chegado. A medida que os encontros aconteceram, foi possível notar também a participação dos companheiros das mulheres que foram despertados a se preocupar com seu papel enquanto cuidador da gestante e enquanto pai. A adesão ao aleitamento materno exclusivo também foi notada e as mães se sentiram mais seguras em não fornecer complemento, mesmo sendo estimuladas a isso. Fica evidente que uma assistência obstétrica de qualidade está diretamente relacionada ao fornecimento de informações claras e que coloque a mulher como protagonista do processo de gestação, parturição e cuidado com seu filho. E que o trabalho da equipe de saúde, especialmente do profissional enfermeiro, é facilitado quando há um entendimento do processo, contribuindo para resultados melhores no cuidado do profissional com a gestante e da gestante consigo mesma e com seu concepto.
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