Educação física e saúde mental na atenção básica: rodas de conversa como instrumento de cuidado

As rodas de conversa são ambientes coletivos onde as pessoas se reúnem para
debater e refletir sobre uma variedade de assuntos, podendo servir para diferentes propósitos. Elas
se mostram como uma estratégia subsidiária para a saúde mental, na qual os participantes buscam
a expressão de vivências, acolhimento grupal, empoderamento e autonomia sobre sua vida e
saúde. Isso se torna possível na Atenção Básica através da educação em saúde proporcionada
pelos profissionais habilitados. O presente projeto foi realizado em uma Unidade Básica de Saúde
(UBS), localizada na zona norte de Macapá, onde há um grupo terapêutico chamado Saúde em
Movimento.

Relatar as experiências vivenciadas nas rodas de conversa de um grupo terapêutico
com participantes de diferentes faixas etárias.

As rodas de conversa foram realizadas no período entre os meses de novembro/2023 a
fevereiro/2024. O público-alvo foram pacientes com idade entre 20 e 73 anos. O total de
participantes variou entre 6 a 30 pessoas, que realizam exercícios físicos orientados de segunda a

sexta-feira, no período matutino. Os principais temas abordados referem-se à família, autoestima,
relacionamentos e saúde-doença. O intuito foi fortalecer a autonomia e resiliência, trocas de
experiências e empoderamento acerca da saúde mental. Foi observado que o grau de instrução
influencia diretamente sobre a forma de expor e compreender sentimentos e emoções, além de
evidenciar a resiliência de algumas participantes frente a situações de abuso, violência e doenças
decorrentes de uma vida inteira de sofrimento. Apenas 2 participantes não quiseram se pronunciar
em nenhuma das rodas de conversa, mas participaram como ouvintes em todas. Contudo, ao
término de todas as interações essas participantes relataram em particular, não conseguir falar em
público, mas que estavam passando por sofrimento mental e que se sentiam melhores por participar
do grupo terapêutico e realizar a prática de exercícios físicos regularmente. Frente a isso, foi frisada
a importância da saúde mental e que para haver um equilíbrio entre mente e corpo deve-se buscar
cuidar de ambos.

O corpo apresenta sinais e sintomas quando a mente não está bem. Muitos
problemas/doenças físicas têm origem psicológica e o profissional com um olhar clínico e empático
deve saber conduzir da melhor forma pacientes críticos para o tratamento apropriado, onde nenhum
tratamento se sobrepõe ao outro. Recomendam-se as interações coletivas para abordar temas
importantes e sem julgamentos, porém com cautela para não gerar gatilhos em pacientes em
sofrimento mental

Principal

Samily Batista da Silva

Coautores

Samily Batista da Silva

A prática foi aplicada em

Macapá

Amapá

Norte

Esta prática está vinculada a

Av. Henrique Galúcio, 1249 – Centro

Uma organização do tipo

Instituição Pública

Foi cadastrada por

Monique Melo Gomes

Conta vinculada

20 set 2024

CADASTRO

20 set 2024

ATUALIZAÇÃO

Condição da prática

Concluída

Situação da Prática

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