O ComuniSaúde é um projeto piloto voltado ao mapeamento da rede de saúde em seis cidades da Baixada Fluminense, próximas à Capital. Em parceria com secretarias municipais, estaduais e as dioceses de Nova Iguaçu e Duque de Caxias, o projeto criará um site e um aplicativo para centralizar informações sobre unidades de saúde e serviços disponíveis.
Com foco em áreas de alta exclusão social, o projeto promoverá campanhas informativas sobre saúde, com ênfase na prevenção, diagnóstico precoce e adesão ao tratamento de doenças como a tuberculose, que apresenta altos índices na região. A comunicação será feita por meio de materiais impressos, campanhas digitais e um canal de atendimento via telefone e aplicativos de mensagens, facilitando informações e medindo situações de não atendimento.
O público-alvo é composto majoritariamente por pessoas de baixa renda, com foco especial em famílias com crianças na primeira infância, na comunidade LGBTQIA+ (especialmente mulheres trans) e em idosos. O ComuniSaúde também busca mitigar as dificuldades de mobilidade e os altos custos de transporte enfrentados por moradores das favelas da Baixada, promovendo suporte para reduzir deslocamentos desnecessários.
A iniciativa é centrada na promoção da saúde, articulação entre população e serviços públicos e apoio social, utilizando estratégias de comunicação eficazes e atenção à saúde mental. A proposta reforça o papel da ComCausa na mediação e monitoramento das interações entre comunidades e agentes públicos, ampliando o acesso à saúde e a qualidade de vida na região.
O problema central identificado pelo ComuniSaúde é a exclusão social e territorial enfrentada pelas populações periféricas da Baixada Fluminense no acesso aos serviços de saúde. Essa exclusão é agravada por fatores como a infraestrutura insuficiente de transporte, que limita a mobilidade e torna os custos elevados, dificultando o deslocamento para atendimento médico; a ausência de políticas públicas específicas para as favelas da Baixada, consideradas “periferia da periferia”, que carecem de atenção governamental; as condições socioeconômicas precárias, com altos índices de desemprego, subemprego e pobreza, que aumentam a vulnerabilidade social; o controle territorial e a violência armada, que geram insegurança e dificultam o acesso a serviços básicos; a deficiência na divulgação de informações sobre os serviços de saúde disponíveis; e a negligência em relação às necessidades de grupos prioritários, como crianças na primeira infância, idosos, comunidade LGBTQIA+ (especialmente mulheres trans) e mulheres negras. Além disso, destaca-se o impacto da tuberculose, que apresenta índices elevados na região, agravados pela desinformação, diagnóstico tardio e dificuldades na adesão ao tratamento.
A oportunidade reside na implementação de uma abordagem estratégica e inovadora para enfrentar esses desafios. As ações previstas incluem o mapeamento da rede de saúde para identificar e organizar os serviços disponíveis; o desenvolvimento de plataformas digitais, como um site e aplicativo intuitivos, para centralizar informações sobre serviços e unidades de saúde; a realização de campanhas informativas e educativas, com ênfase na prevenção e no combate à tuberculose, promovendo o diagnóstico precoce e a adesão ao tratamento; a disponibilização de um canal de suporte direto via telefone e aplicativos de mensagens, com o objetivo de mediar situações de não atendimento e reduzir deslocamentos desnecessários; o fortalecimento do diálogo entre a população e os profissionais de saúde para estimular resolutividade e acolhimento; e a priorização da saúde mental, com ações voltadas aos grupos mais vulneráveis. O projeto alavanca a experiência da ComCausa e parcerias estratégicas com dioceses, secretarias de saúde e comunidades locais, promovendo ações integradas que visam garantir um acesso mais justo, humanizado e eficiente à saúde para as populações da Baixada Fluminense.
Os resultados esperados do projeto ComuniSaúde envolvem uma série de impactos positivos nas comunidades da Baixada Fluminense. Primeiramente, busca-se melhorar o acesso das populações periféricas aos serviços de saúde por meio do mapeamento da rede de saúde, o que facilitará a obtenção de informações centralizadas e acessíveis sobre unidades de saúde e serviços disponíveis. Além disso, o projeto visa reduzir a exclusão social e territorial, promovendo campanhas educativas e oferecendo suporte direto para mediar situações de não atendimento, o que ajudará a combater a exclusão, especialmente nas áreas mais afastadas e com dificuldades de infraestrutura.
A atenção a grupos vulneráveis, como crianças na primeira infância, idosos, mulheres trans, mulheres negras e a comunidade LGBTQIA+, é uma prioridade, com o objetivo de atender suas necessidades específicas e melhorar sua qualidade de vida. Um resultado importante do projeto será o enfrentamento da tuberculose na região, por meio de campanhas educativas focadas na prevenção, diagnóstico precoce e adesão ao tratamento, além da mobilização da comunidade para aumentar a conscientização sobre a doença e reduzir a estigmatização associada a ela.
Outro resultado esperado é o fortalecimento da comunicação e do diálogo entre a população e os profissionais de saúde, o que contribuirá para a redução de barreiras de comunicação e para o aprimoramento do acolhimento nos atendimentos. Além disso, o projeto prevê a promoção da saúde mental, com foco no apoio psicológico aos grupos mais vulneráveis, que enfrentam as consequências da exclusão social e da violência.
A articulação entre as dioceses, secretarias de saúde e organizações comunitárias é outro resultado desejado, promovendo uma integração mais eficiente para a implementação de políticas públicas de saúde. Também se espera reduzir os deslocamentos desnecessários, proporcionando um canal de suporte para facilitar o acesso e diminuir os custos associados à busca por atendimento. Dessa forma, o projeto visa melhorar as condições de saúde, bem-estar e qualidade de vida das populações da Baixada Fluminense, além de reduzir desigualdades e promover inclusão social e territorial, com especial atenção ao combate à tuberculose na região.
As propostas visam criar um modelo integrado e eficaz de atenção à saúde, centrado nas necessidades locais e em soluções práticas para os desafios enfrentados pela população da Baixada Fluminense.
Fortalecer Parcerias Locais:
– Estabelecer parcerias com secretarias de saúde, organizações comunitárias, instituições públicas e privadas.
– Trabalhar com dioceses e lideranças locais para promover uma abordagem integrada.
Garantir Acessibilidade Digital:
– Desenvolver plataformas digitais intuitivas, como websites e aplicativos, para centralizar informações sobre serviços de saúde.
– Disponibilizar canais de comunicação diretos (telefone, aplicativos de mensagens) para fornecer suporte, mediar situações de não atendimento e reduzir deslocamentos desnecessários.
Priorizar Inclusão de Grupos Vulneráveis:
– Focar em grupos prioritários, como famílias com crianças na primeira infância, idosos, comunidade LGBTQIA+ (com ênfase nas mulheres trans) e pessoas negras.
– Criar ações específicas para combater a exclusão social e territorial desses grupos.
Conscientização e Educação Continuada:
– Realizar campanhas educativas contínuas sobre prevenção de doenças, cuidados de saúde e direitos de acesso.
– Usar materiais informativos, como cartazes e mídias online, para aumentar a conscientização nas comunidades.
Promoção da Saúde Mental:
– Incluir o apoio à saúde mental como uma área prioritária, especialmente para grupos vulneráveis, considerando as dificuldades econômicas e sociais enfrentadas.
– Oferecer suporte psicológico através de canais de comunicação e parcerias com serviços especializados.
Monitoramento e Mapeamento Contínuo:
-Monitorar constantemente as necessidades de saúde e as dificuldades de acesso nas comunidades da Baixada Fluminense.
-Realizar mapeamentos periódicos para identificar áreas com altos índices de exclusão e ajustar as ações conforme necessário.
Canais Paralelos ao Poder Público:
– Estabelecer canais paralelos de orientação e apoio à população, fora do sistema público formal, para lidar com situações de não atendimento.
-Garantir que esses canais forneçam apoio contínuo, especialmente em áreas de difícil acesso ou com escassez de recursos.
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