- Atenção Primária à Saúde
RAIMUNDA GOREETH ASSUNÇÃO ESPINDOLA
- 20 set 2024
Amapá
Aplicar o processo de educação permanente para os profissionais de saúde, em um município do interior de Rondônia, para facilitar o envolvimento deles diretamente com a comunidade e com os demais profissionais, proporcionando uma troca de saberes, uma reflexão de práticas de serviço, consequentemente, ocorrendo uma maior interação de toda a equipe e uma melhoria no processo de trabalho. Para o êxito desse processo é importante que todos os profissionais conheçam as práticas educativas e que se sintam motivados em participar do Processo de Educação Permanente em Saúde. Para o desenvolvimento do Processo de Educação Permanente, são realizadas reuniões mensais, com escolhas de temas, conforme a realidade de cada equipe de saúde, enfatizando-se as maiores necessidades locais para capacitar a equipe a realizar um trabalho de qualidade. Conforme a produção individual das equipes de saúde é levantada as informações para auxiliar na escolha dos temas a serem desenvolvidos no Processo de Educação Permanente em Saúde, equilibrando-se as necessidades individuais e coletivas. O acompanhamento dos indicadores de Atenção Básica do município também é utilizado para auxiliar a escolha dos temas a serem desenvolvidos, conforme a necessidade de melhoria em pontos estratégicos. Todo o Processo de Educação Permanente em Saúde no município é monitorado através da frequência/participação dos profissionais envolvidos e no acompanhamento dos indicadores da Atenção Básica, observando-se pontos de melhorias no processo e nos próprios indicadores. A avaliação das reuniões é realizada pela Coordenação de Atenção Básica do município, levando-se em conta o processo de transformação das práticas das equipes de saúde.
A Educação Permanente e sua definição pedagógica para o processo educativo que coloca o cotidiano do trabalho ou da formação em saúde em análise se permeabiliza pelas relações concretas que operam realidades e que possibilita construir espaços coletivos para a reflexão e avaliação de sentido dos atos produzidos no cotidiano de uma Unidade de Saúde, composta por uma equipe de saúde da família. A Educação Permanente em Saúde, ao mesmo tempo em que disputa, pela atualização cotidiana das práticas segundo os mais recentes aportes teóricos, metodológicos, científicos e tecnológicos disponíveis, insere-se em uma necessária construção de relações e processos que vão do interior das equipes em atuação conjunta, implicando seus agentes às práticas organizacionais, implicando a instituição e/ou o setor da saúde e às práticas institucionais e/ou intersetoriais, implicando as políticas nas quais se inscrevem os atos de saúde aplicados na comunidade local e na equipe inserida no programa.
De acordo com a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, a capacitação é uma das estratégias mais utilizadas para enfrentar os problemas de desenvolvimento dos serviços de saúde. Grande parte do esforço para alcançar a aprendizagem ocorre por meio da capacitação, isto é, de ações intencionais e planejadas que têm como missão fortalecer conhecimentos, habilidades, atitudes e práticas que a dinâmica das organizações não oferece por outros meios, pelo menos em escala suficiente. Para se produzir mudanças nas práticas e, sobretudo, para modificar as práticas institucionalizadas nos serviços de saúde, é necessário privilegiar o conhecimento prático em suas ações educativas e favorecer a reflexão compartilhada e sistemática. Lidar com a teia de relações entre os processos educacionais e os processos de produção de serviços de saúde, desvendar os meandros dos mundos do trabalho e da educação nesse setor é exigência cada dia mais presente na agenda dos gestores de recursos humanos do SUS. A análise permanente dessa problemática torna-se um exercício indispensável para o bom desempenho de suas responsabilidades.
Candeias do Jamari, RO, Brasil
CADASTRO
ATUALIZAÇÃO