Trabalhando a sexualidade no serviço de convivência e fortalecimento de vínculos

Intervenção desenvolvida pela psicóloga da Secretaria Municipal de saúde, no serviço de convivência e fortalecimento de vínculos no município de Santa Terezinha do Progresso, em outubro de 2021. O tema surgiu em uma das reuniões da Rede de atenção psicossocial, as profissionais da Secretaria de Assistência Social demonstravam preocupação com o aflorar da sexualidade das crianças e adolescentes inseridos no serviço de convivência e fortalecimento de vínculos, inclusive entre os próprios alunos dentro do espaço do serviço. Projeto esse que já abrange usuários em diversos níveis de vulnerabilidade. Referenciaram ainda que as coordenadoras das oficinas não sentiam-se habilitadas para abordar tal assunto tão delicado. A proposta da ação em conjunto com a psicóloga da secretaria de saúde e a assistência social teve boa aceitação e deu-se então um trabalho mais voltado as reais necessidades das crianças e adolescentes que o frequentam.

Trabalhar questões referentes a infância e adolescência, bem como, dificuldades e questões relacionadas a sexualidade, prevenção de agravos e violência sexual. A intervenção ocorreu nos turnos matutino e vespertino, em etapas: Com crianças de 7 a 9 anos, foi focada na identificação das partes do corpo e prevenção de violência sexual. Após explanação sobre toques indevidos, pessoas confiáveis e constrangimento e desconforto. Foi solicitado aos alunos que se dividissem em dois subgrupos. Um deles desenharia no cartaz um menino e outro, uma menina. Após, receberam decalques nas cores, verde (ok, tudo bem), amarelo (cuidado, depende) e vermelho (não pode), que poderiam por sua vez, associar com as cores de um semáforo, solicitou-se que identificassem nos corpos desenhados, as partes do corpo correspondentes aos decalques e depois uma socialização sobre os resultados, dúvidas e reforço do assunto abordado. Com as crianças de 10 anos e acima: o trabalho foi desenvolvido com base nas demandas dos participantes, onde puderam tirar dúvidas, compartilhar medos, experiências e reflexão sobre gravidez precoce, prevenção das violências, puberdade e mudanças da adolescência. Foram utilizados os mesmos cartazes elaborados pelos grupos anteriores, com a explanação sobre toques indevidos, constrangimento e violência sexual. Após a retomada do assunto, utilizou-se um recurso de “puxa conversa” com cartas que continham perguntas sobre sexualidade, onde cada aluno discursou sobre o que sabia em relação ao assunto proposto e após discutia-se com os demais integrantes.

Concluiu-se que há uma necessidade das crianças e adolescentes em ter com quem conversar sobre um dos assuntos que ainda é tabu para muitas pessoas. A prevenção se dá em qualquer ambiente, principalmente com usuários que já estão em vulnerabilidade social e em plena expansão e descoberta da sua própria sexualidade e do outro. Como a ação foi desenvolvida por uma profissional que não tem vínculo diário com eles, acredito que teve melhor aceitação, abertura e envolvimento nas discussões, por parte dos alunos.

Principal

Taize Hollas Lara Dias

taize.hollas@unoesc.edu.br

Coautores

Taize Hollas Lara Dias

A prática foi aplicada em

Santa Terezinha do Progresso

Santa Catarina

Sul

Esta prática está vinculada a

Prefeitura Municipal de Santa Terezinha do Progresso

Rua Ernesto Francisco Cardoso, Santa Terezinha do Progresso - SC, Brasil

Uma organização do tipo

Instituição Pública

Foi cadastrada por

Taize Hollas Lara Dias

Conta vinculada

11 jun 2015

CADASTRO

21 ago 2024

ATUALIZAÇÃO

Condição da prática

Concluída

Situação da Prática

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