O Projeto Saúde na Lagoa, da Associação de Pescadores e Amigos da Lagoa de Piratininga (APALAP), insere-se na categoria Saúde, Ambiente e Sustentabilidade, promovendo uma abordagem integrada para melhorar a qualidade de vida das comunidades que interagem com a Lagoa de Piratininga, em Niterói, Rio de Janeiro. A iniciativa alia práticas de educação ambiental, turismo de base comunitária e conservação ecológica, buscando preservar o ecossistema lagunar ao mesmo tempo em que promove saúde integral e desenvolvimento sustentável.
A Lagoa de Piratininga, um importante patrimônio natural e cultural, enfrenta desafios crescentes decorrentes da urbanização desordenada, da degradação ambiental e da perda de biodiversidade. Nesse cenário, o projeto surge como uma resposta inovadora, conectando os pilares da saúde e da sustentabilidade por meio de ações que integram as comunidades locais às soluções propostas. Um dos elementos centrais é a criação de um roteiro pedagógico, conduzido por pescadores locais, que oferece aos participantes uma experiência imersiva, explorando aspectos socioambientais do território. O percurso contempla locais emblemáticos, como as Ilhas do Modesto, Pontal e Tibau, destacando a importância dessas áreas para a conservação da biodiversidade e para a manutenção das práticas culturais associadas à pesca artesanal.
Para fortalecer a saúde ambiental e promover a conscientização, o projeto utiliza ferramentas como kits de análise da qualidade da água e metodologias participativas, que envolvem os moradores na produção de dados primários sobre a lagoa. Além disso, ações como oficinas de capacitação para o turismo de base comunitária, cursos de segurança náutica e primeiros socorros complementam o esforço de preparar a comunidade para um papel ativo na gestão sustentável do território. Essas atividades também visam criar novas oportunidades econômicas, especialmente por meio do estímulo ao turismo comunitário e à valorização dos recursos naturais e culturais locais.
A iniciativa enfatiza a importância de um plano integrado de manejo do território, com ações como a proteção dos cursos d’água contra resíduos sólidos e a sensibilização sobre práticas de descarte adequado. A combinação dessas ações fortalece tanto a resiliência ecológica da lagoa quanto a saúde das comunidades, criando um modelo de sustentabilidade que alia o cuidado com o ambiente à promoção da saúde coletiva.
Por meio do Projeto Saúde na Lagoa, a APALAP reafirma o papel das comunidades tradicionais na preservação dos ecossistemas e na construção de um futuro mais saudável e sustentável. A iniciativa busca não apenas proteger a Lagoa de Piratininga, mas também fomentar uma convivência harmoniosa entre pessoas e natureza, demonstrando que saúde e sustentabilidade são indissociáveis na construção de territórios mais justos e equilibrados.
A Lagoa de Piratininga, em Niterói, enfrenta problemas de degradação ambiental, como poluição, redução da qualidade da água e pressão sobre os estoques pesqueiros, que afetam diretamente a saúde e a sustentabilidade das comunidades locais. Essa situação revelou a necessidade de implementar ações integradas que promovam a conservação do ecossistema lagunar, a valorização cultural e o fortalecimento das práticas de saúde coletiva. Por meio do Projeto Saúde na Lagoa, foi identificada a oportunidade de alinhar turismo de base comunitária, educação ambiental e geração de dados primários, ampliando o impacto positivo para a saúde e o meio ambiente.
O Projeto Saúde na Lagoa, em andamento, tem demonstrado resultados promissores na promoção de saúde integral e sustentabilidade no território da Lagoa de Piratininga. Até o momento, foi estruturado um roteiro pedagógico que envolve pescadores locais na condução de atividades de turismo de base comunitária, gerando renda e fortalecendo as tradições culturais. As análises da qualidade da água e o monitoramento de eventos de mortandade de peixes, realizados em parceria com instituições de ensino superior, estão contribuindo para a geração de dados que apoiam ações de conservação e políticas públicas. A prática já promoveu maior conscientização sobre os impactos da degradação ambiental e reforçou a importância da integração entre saúde e meio ambiente. Entre as lições em desenvolvimento, destaca-se a necessidade de adaptar continuamente as ações às demandas das comunidades locais. A inovação do projeto está em sua abordagem que une preservação ecológica, mobilização comunitária e educação ambiental, com impactos que se ampliam à medida que as ações se consolidam.
Para implementar uma prática similar, é fundamental envolver a comunidade desde o início, garantindo que suas demandas e saberes sejam integrados. Estabelecer parcerias com instituições locais e acadêmicas pode fornecer suporte técnico, dados e credibilidade ao projeto. Além disso, é essencial adaptar as ações ao contexto socioambiental específico do território, considerando suas características e desafios. Invista em educação ambiental como ferramenta central e crie mecanismos participativos para engajar a população, promovendo a corresponsabilidade nas ações. Por fim, mantenha uma gestão transparente e comunicativa, para fortalecer o impacto e a sustentabilidade da prática ao longo do tempo.
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