RESUMO
Este artigo apresenta um relato de experiência com base fenomenológica e espiritual sobre o Projeto Saúde & Equilíbrio, desenvolvido entre 2015 e o início da pandemia de COVID-19, como uma ação comunitária de prevenção ao suicídio e fortalecimento da saúde integral. O texto articula práticas integrativas, espiritualidade cristã, genealogia, tecnologias relacionais e constelações familiares em territórios de alta vulnerabilidade no sul da Bahia. A partir da transcrição de três lives com lideranças religiosas e comunitárias, o artigo propõe uma fundamentação teórica viva sobre o papel do templo, da história da família e da autossuficiência como fundamentos do cuidado restaurativo. Conclui-se que o pertencimento espiritual, a escuta ativa, a genealogia e os vínculos intergeracionais constituem tecnologias de promoção da vida e enfrentamento do sofrimento psíquico.
Palavras-chave: Saúde Integral; Prevenção do Suicídio; Espiritualidade; Práticas Integrativas; Genealogia; Constelação Familiar; FamilySearch; SUS.
ABSTRACT
This article presents a phenomenological and spiritual experience report on the Saúde & Equilíbrio Project, developed between 2015 and the early stages of the COVID-19 pandemic, as a community-based action for suicide prevention and the strengthening of integral health. The text articulates integrative practices, Christian spirituality, genealogy, relational technologies, and family constellations in high-vulnerability territories in southern Bahia, Brazil. Based on the transcription of three live interviews with religious and community leaders, the article offers a living theoretical foundation on the role of the temple, family history, and self-reliance as pillars of restorative care. The findings suggest that spiritual belonging, active listening, genealogy, and intergenerational bonds are powerful technologies for promoting life and addressing psychosocial suffering.
Keywords: Integral Health; Suicide Prevention; Spirituality; Integrative Practices; Genealogy; Family Constellation; FamilySearch; Brazilian Health System.
1. INTRODUÇÃO
O suicídio é reconhecido mundialmente como um grave problema de saúde pública, sendo a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2019). No Brasil, as taxas têm aumentado de forma preocupante, especialmente em contextos de vulnerabilidade social, baixa escolaridade, desemprego e ausência de vínculos familiares e comunitários.
Apesar dos avanços das políticas públicas de saúde mental, os serviços tradicionais muitas vezes falham em alcançar as dimensões subjetivas, espirituais e relacionais do sofrimento humano. A medicalização excessiva e a fragmentação do cuidado agravam esse quadro, sobretudo quando desconsideram fatores como a perda de sentido, a ruptura de vínculos e o sentimento de não pertencimento.
Diante desse cenário, este artigo relata a experiência do Projeto Saúde & Equilíbrio, desenvolvido entre 2015 e o início da pandemia de COVID-19 em comunidades do sul da Bahia. A proposta integra tecnologias leves e relacionais, práticas integrativas e complementares em saúde (PICS) e espiritualidade cristã restauradora, especialmente inspirada nos princípios de genealogia e pertença promovidos por A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
O artigo estrutura-se em torno de três diálogos vivos — transcrições de lives com líderes e amigos espirituais — que fundamentam, a partir de experiências reais e sagradas, os pilares do cuidado restaurativo no território: o templo, a história da família e a autossuficiência espiritual.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA SISTÊMICO-ESPIRITUAL: ESCUTAS VIVAS SOBRE SAÚDE INTEGRAL, ESPERANÇA E PROPÓSITO
2.1. O templo como lugar de propósito, reconciliação e resgate da dignidade
A primeira fala selecionada é do Presidente Xavier, Jessé Xavier Filho, que compartilha em sua live uma frase que se tornou eixo central deste estudo:
“Não há buraco tão fundo onde a mão de Cristo não te resgate… não há caverna tão escura que a luz de Cristo não brilhe.”
Essa afirmação traduz o templo como um símbolo espiritual de restauração do valor da vida, mesmo nas situações de desespero profundo. No cuidado com pessoas em risco de suicídio, especialmente jovens e adultos com histórico de violência, abandono ou depressão, o templo representa o lugar simbólico e real onde se reconstrói o pertencimento e o valor eterno do ser.
No campo científico, essa abordagem dialoga com a logoterapia de Viktor Frankl, que identifica o vazio existencial como uma das principais causas do sofrimento psíquico. Frankl (2008) propõe que a busca de sentido é a motivação primária da vida humana, e que o cuidado só é completo quando considera essa dimensão.
Além disso, o templo também resgata a noção de “sagrado relacional”, como descrito por Bert Hellinger nas ordens do amor, que defendem que todos pertencem e devem ser incluídos na história familiar e espiritual. Essa visão é aplicada nos Clubinhos Sistêmicos do Projeto Saúde & Equilíbrio, onde constelações familiares, meditações e vivências com imposição de mãos, medicina tradicional chinesa (MTC), florais e outras práticas integrativas ajudam a reintegrar o indivíduo a sua linhagem de afeto e fé.
2.2. Genealogia como tecnologia espiritual e de cuidado
A segunda live, com o Presidente Altamir R. Silva, oferece um testemunho profundo sobre como o trabalho com a árvore genealógica transformou sua relação com a própria história e árvore da família. No caso de Diego R. Leal, até com seu pai, antes marcada por conflitos:
“Em 2013, comecei a montar a árvore da minha família com meu pai, e foi quando nos tornamos amigos de verdade. Foram os melhores sete anos da nossa relação.”
Esse relato demonstra o poder da genealogia como prática terapêutica e espiritual, facilitando a reconciliação intergeracional, o pertencimento e o amor restaurado entre os vivos e seus ancestrais.
No campo das práticas integrativas, essa experiência está alinhada com o uso da constelação familiar sistêmica, que atua justamente na identificação de padrões invisíveis de exclusão, dor ou desordem que se repetem nas famílias, e que podem ser transmutados por meio da escuta, do reconhecimento e da honra.
Genealogia é, portanto, uma tecnologia leve, como define Emerson Merhy (2002), que utiliza o vínculo, a palavra e o sentido como instrumento de cuidado. No SUS, tecnologias desse tipo são fundamentais para abordar o sofrimento complexo, onde o remédio e a psicoterapia formal não são suficientes.
O uso da plataforma FamilySearch, indicado e utilizado no projeto, representa uma inovação espiritual e digital dentro do cuidado comunitário. Jovens, adultos e idosos, membros ou não da Igreja, eram incentivados a construir suas quatro gerações como parte da cura do presente e da preparação para a eternidade.
2.3. Fé, autossuficiência e missão como antídotos contra o desespero
A terceira live, com o Elder Presidente Lourival Lima da Silva, oferece uma das narrativas mais marcantes de fé aplicada à vida prática:
“Tendo fé em Cristo, podemos pegar uma mochila com uma toalha e um chinelo, e partir. O Senhor não nos deixará faltar nada.”
A fala sintetiza o conceito de autossuficiência espiritual e missionária como força vital contra o suicídio e a desesperança. O Presidente Lima descreve como superou a pobreza, o analfabetismo e a solidão por meio do estudo das escrituras, do trabalho duro e do serviço missionário.
Esse tipo de espiritualidade está fortemente relacionado à resiliência, que é definida por autores como Michael Ungar (2011) como “a capacidade de resistir, se adaptar e crescer diante da adversidade, com apoio de redes sociais, culturais e espirituais”.
O Projeto Saúde & Equilíbrio, ao incorporar os cursos da Autossuficiência Brasil, o uso da mentoria da ACE (Academia de Criação de Empresas) e o incentivo ao empreendedorismo com propósito, integrou fé, trabalho e dignidade como dimensões indissociáveis do cuidado em saúde.
Essa abordagem também encontra respaldo nos princípios do SUS (integralidade, universalidade e equidade) e nas Diretrizes Nacionais de PICS, ao reconhecer a fé, o sonho e a missão pessoal como dimensões legítimas de cuidado.
3. METODOLOGIA
Este artigo adota o método do relato de experiência com abordagem fenomenológica e etnográfica, ancorado em registros reais de ações desenvolvidas entre 2015 e 2020, nas regiões de Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália, Bahia.
O relato articula experiências vividas pelo autor, enquanto enfermeiro, professor e facilitador de práticas integrativas, com falas de três lideranças espirituais entrevistadas em lives públicas, cujas transcrições integram a fundamentação teórica. A escolha desse formato visa respeitar a natureza vivencial, espiritual e relacional do projeto descrito, valorizando a escuta como tecnologia do cuidado.
A coleta de dados incluiu:
Transcrições integrais de três lives disponíveis nos canais digitais do projeto (Instagram, Facebook e YouTube);
Registros fotográficos, publicações e agendas postadas entre 2015 e 2020 nas redes sociais do autor;
Diários de campo, memórias afetivas e registros arquivados no FamilySearch.
O relato segue um recorte temporal entre 2006 (início da experiência no RS) e o início da pandemia da COVID-19 (2020), com desdobramentos recentes apontados nas considerações finais.
4. RELATO DE EXPERIÊNCIA: O SURGIMENTO E FINALIZAÇÃO DO PROJETO SAÚDE & EQUILÍBRIO (2006–2020)
4.1. Raízes no Sul: O início do voluntariado sistêmico (2006–2009)
O embrião do Projeto Saúde & Equilíbrio surgiu em Farroupilha, no Rio Grande do Sul, como uma ação voluntária comunitária coordenada por membros e não membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, vinculados à USF São José.
O grupo foi chamado informalmente de Comunidade Solidária, coordenado por Diego da Rosa Leal (enfermeiro), Dr. Luís Antônio Rotta (médico) e dois agentes comunitários, Cláudio e Ineiva, cujas microáreas estavam entre as mais vulneráveis da cidade.
Participavam ainda líderes comunitários como Edson e Jonas Natário (Ramo Farroupilha de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias), o casal Nelson e Matilde (facilitadores de Alcoólicos Anônimos e Al-Anon), uma psicóloga, uma educadora física, artesãs, visitadores de famílias em sofrimento psíquico, a banda “Soldier” e diversos voluntários.
As ações aconteciam em salões de igrejas, praças, salões de associações e casas, com ênfase em:
Prevenção ao suicídio, reabilitação da depressão, controle da ansiedade e ao uso de substâncias;
Fortalecimento da fé e da espiritualidade;
Escuta ativa, imposição de mãos, roda de conversa, acolhimento e arte.
As Práticas Integrativas em Saúde, de meditação e imposição de mãos, do Sacerdócio de Melquisedeque, em casos específicos.
4.2. Transição para o sul da Bahia e articulação interreligiosa (2008–2014)
Entre 2008 e 2009, o autor migra para o sul da Bahia e inicia a articulação de um movimento de voluntariado interreligioso e interdisciplinar inicialmente entre Porto Seguro, Eunápolis e Santa Cruz Cabrália, depois se expandindo aos municípios da oitava microrregião da DIRES. As experiências de base comunitária foram sendo progressivamente integradas ao SUS e ao SUAS, atuando com:
Grupos de abordagem e tratamento do tabagismo;
Oficinas de saúde integral, com base nos Doze Passos;
Início da atuação mais regular e abrangente, com práticas integrativas, através da abordagem integrativa e sistêmica, através de práticas comunicativas e expressivas e também corporais.
Essa fase foi marcada pela criação do Projeto de Extensão Participação Cidadã, vinculado à Unesulbahia, que utilizava Facebook, Google Drive, Docs, Blogger em suas ações — algo inovador para os padrões do SUS na época.
4.3. Inovação digital e formalização do projeto (2015–2017)
Com a popularização do WhatsApp, Instagram e YouTube, a rede de voluntários ganhou agilidade e uma quantidade maior de voluntários. Essa nova fase foi sistematizada pelo Projeto AvanSUS, fortalecendo a ação conjunta entre voluntários, profissionais e acadêmicos.
Foi nesse contexto que o Projeto Saúde & Equilíbrio foi oficialmente instituído em 25 de maio de 2017, com a criação dos Clubinhos de PICs, pequenos grupos presenciais ou online de acompanhamento terapêutico sistêmico. As atividades passaram a incluir:
Consultas de enfermagem com comunicação terapêutica;
Abordagens integrativas familiares, uso de florais, imposição de mãos em vários métodos;
Educação em saúde, genealogia e história da família, espiritualidade e rodas de conversa.
As ações foram articuladas com agentes comunitários de saúde, escolas, igrejas, conselhos locais e o CEJUSC (Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania), onde o projeto começou a operar como extensão do ambulatório ampliado do Caps de Santa Cruz Cabrália.
4.4. Registros e redes de apoio digital
Todo o processo foi acompanhado por meio de registros públicos e compartilhados em plataformas acessíveis:
Facebook pessoal (Diego da Rosa Leal), com postagens, reflexões e diários de campo;
Instagram @saudeintegral.pics — apoio institucional ao CEJUSC;
Instagram @emagrecendonaalma — educação espiritual e autossuficiência;
YouTube @npicsbrasil — vídeos formativos, relatos e lives;
FamilySearch — organização das árvores genealógicas, registros espirituais e memória comunitária intergeracional.
4.5. Transição para uma comunidade sistêmica e digital (2020 – em diante)
Com o início da pandemia da COVID-19, o Projeto Saúde & Equilíbrio encerrou sua fase presencial e se desdobrou em múltiplas frentes de atuação. Os objetivos se expandiram da prevenção ao suicídio para a formação de uma comunidade sistêmica de saúde integral e espiritualidade aplicada, baseada em:
Cursos de autocuidado (2018), espiritualidade, constelação e desenvolvimento pessoal;
Integração com os cursos da Autossuficiência Brasil e uso do FamilySearch como tecnologia de cuidado;
Mentorias em empreendedorismo com a Academia de Criação de Empresas (ACE);
Publicações científicas, lives regulares e formação de lideranças locais com base nos princípios da Igreja, da ciência e das PICS.
Essa nova etapa marca o amadurecimento da experiência como modelo vivo de educação popular, cuidado integral e espiritualidade restauradora, enraizado no SUS, na fé cristã e nas tecnologias leves da convivência e do amor.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A experiência do Projeto Saúde & Equilíbrio, transformada em algo mais amplo, conforme aqui relatada e fundamentada por falas vivas de líderes espirituais e comunitários, confirma que a prevenção à ansiedade, à depressão, ao suicídio, ao uso de substâncias psicoativas e a promoção da saúde integral exigem mais do que remédios, protocolos ou diagnósticos biomédicos.
O que sustenta a vida — especialmente em territórios vulneráveis e corações cansados — são os vínculos significativos, o sentido espiritual da existência, a memória dos antepassados, o propósito de servir e a fé na possibilidade de recomeçar.
As práticas desenvolvidas entre 2015 e 2020, por meio de clubinhos de PICS, consultas com comunicação terapêutica, ações em escolas, igrejas e praças, mostraram que comunidades restaurativas são possíveis quando baseadas em amor, escuta e espiritualidade aplicada.
A genealogia, a história da família, a constelação familiar, os cursos de autocuidado, o uso do FamilySearch, os registros intergeracionais e os caminhos de autossuficiência revelaram-se como verdadeiras tecnologias do cuidado com a vida e com a dignidade.
Ao final, a maior lição deste relato é que salvar vidas é relembrar às pessoas que elas pertencem, que suas histórias importam e que sua existência é sagrada — na Terra e na eternidade.
REFERÊNCIAS ACADÊMICAS E TÉCNICAS
AMARANTE, Paulo. Loucos pela vida: a trajetória da reforma psiquiátrica no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 1995.
BARRETO, Adalberto. Terapia Comunitária Integrativa: passo a passo. Fortaleza: Gráfica LCR, 2011.
BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes para a implantação das Práticas Integrativas e Complementares no SUS. Brasília: MS, 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Prevenção do Suicídio: saber, agir e prevenir. Brasília: MS, 2023. Disponível em: https://www.gov.br/saude
FRANKL, Viktor E. Em busca de sentido: um psicólogo no campo de concentração. 33. ed. Petrópolis: Vozes, 2008.
HELLINGER, Bert. Ordens do amor: um guia para o trabalho com constelações familiares. São Paulo: Cultrix, 2003.
KOENIG, Harold G. Espiritualidade no cuidado com o paciente. Porto Alegre: Artmed, 2008.
MERHY, Emerson Elias. Em busca do cuidado: cotidiano de uma unidade de saúde. São Paulo: Hucitec, 2002.
MINAYO, Maria Cecília de Souza. Suicídio de idosos: uma realidade silenciosa. Brasília: OPAS, 2014.
PUCHALSKI, Christina M. Time for Listening and Caring: Spirituality and the Care of the Chronically Ill and Dying. Oxford: Oxford University Press, 2006.
UNGAR, Michael. The Social Ecology of Resilience: A Handbook of Theory and Practice. New York: Springer, 2011.
VILLAR, Daniel. Tecnologias do cuidado e redes de sentido. Revista Saúde em Debate, v. 41, n. 115, 2017.
REFERÊNCIAS DE PRODUÇÕES AUTORAIS E VIVENCIAIS
LEAL, Diego da Rosa. Live com Pres. Xavier Jessé Xavier Filho: “Esperança e Propósito na Preparação para o Templo”. YouTube: @npicsbrasil.
LEAL, Diego da Rosa. Live com Pres. Altamir R. Silva: “História da Família como Tecnologia do Amor”. YouTube: @npicsbrasil.
LEAL, Diego da Rosa. Live com Elder Lourival Lima da Silva: “Autossuficiência e Fé como Fundamentos da Saúde Integral”. YouTube: @npicsbrasil.
LEAL, Diego da Rosa. Educação, cuidado e justiça restaurativa: uma década de experiências intersetoriais em saúde indígena em Coroa Vermelha (2015–2024). Santa Cruz Cabrália, 2025. Plataforma IdeaSUS/Fiocruz. Disponível em: https://ideiasus.fiocruz.br/praticas/educacao-cuidado-e-justica-restaurativa-uma-decada-de-experiencias-intersetoriais-em-saude-indigena-em-coroa-vermelha-2015-2024/. Acesso em: 13 jul. 2025.
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LEAL, Diego da Rosa. Auriculoterapia e práticas integrativas no SUS: o caso de superação de A.A.S. em Santa Cruz Cabrália (2019–2025). Santa Cruz Cabrália, 2025. Plataforma IdeiaSUS/Fiocruz. Disponível em: https://ideiasus.fiocruz.br/praticas/auriculoterapia-e-praticas-integrativas-no-sus-o-caso-de-superacao-de-a-a-s-em-santa-cruz-cabralia-2019-2025/. Acesso em: 13 jul. 2025.
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PLATAFORMAS E FONTES DIGITAIS
FAMILYSEARCH. Plataforma de genealogia, espiritualidade e preservação da memória intergeracional. Acesso em: https://www.familysearch.org
A IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS. Manual de Preparação para o Templo. Acesso em: https://www.churchofjesuschrist.org
ANEPs – Articulação Nacional de Educação Popular em Saúde. Biblioteca digital. https://aneps.org.br
PLATAFORMA BRASIL. Base de artigos científicos e relatos em saúde coletiva. https://plataformabrasil.saude.gov.br
AGRADECIMENTOS
Agradeço, em primeiro lugar, a Deus, nosso Pai Celestial, e a Seu Filho Jesus Cristo, cuja luz e amor têm sido o fundamento de cada passo deste projeto e de minha própria jornada de cura, propósito e serviço.
Agradeço à A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, pela doutrina restauradora, pelos templos sagrados, pelo FamilySearch e pela Rede de Autossuficiência, que têm servido como tecnologias espirituais de cuidado, genealogia e dignidade.
Sou grato aos líderes espirituais que aceitaram compartilhar suas histórias nas lives que integram este artigo:
Ao Presidente Xavier Jessé Xavier Filho, pela firmeza e doçura com que ensina sobre a esperança e a centralidade do templo;
Ao Presidente Altamir R. Silva, pelo testemunho poderoso sobre reconciliação familiar através da genealogia;
Ao Elder Presidente Lourival Lima da Silva, cuja vida é um testemunho vivo de autossuficiência, fé e serviço, mesmo em meio à adversidade.
Registro meu carinho e gratidão aos que estiveram na fundação do movimento “Comunidade Solidária”, ainda em Farroupilha/RS, especialmente:
Ao médico Dr. Luís Antônio Rotta;
Aos agentes comunitários Cláudio e Ineiva, por sua atuação corajosa em microáreas de grande vulnerabilidade;
Aos líderes voluntários Edson e Jonas Natário (pai e filho), por levarem a música e a fé às ruas;
Ao casal Nelson e Matilde, pelo apoio aos grupos de Doze Passos e à metodologia de cura relacional.
À cada voluntário, estudante, estagiário ou não, que interviu e ajudou a evitar suicídios, aqui representados pelos Casais João e Maria Santa Pires, Fabrício e Adriana Costa, Ubiraci Pataxó, Marialba Marthes e Marcela Rodrigues.
Agradeço também às terapeutas, artesãs, psicólogas, músicos e tantos outros voluntários anônimos que integraram as ações em igrejas, praças, casas e escolas — formando uma verdadeira rede de amor.
Sou grato à Unesulbahia, que abriu as portas para a criação dos Projeto de Extensão “Participação Cidadã”, seguido pelo “AvanSUS” e permitiu que ferramentas como o Facebook, produtos Google, WhatsApp, Youtube e Instagram fossem usadas no SUS, a partir do delicado e cheio de resistências momento inicial de 2010 a 2016.
Agradeço à Prefeitura de Santa Cruz Cabrália, ao CEJUSC Sistêmico Cabrália, ao Ambulatório de Especialidades (Extensão NPICS) e à Equipe de PICS da Atenção Básica, com quem compartilho o trabalho cotidiano.
Aos amigos da ANEPS, do IdeiaSUS e da Fiocruz, por reconhecerem a espiritualidade, a ancestralidade e o território como dimensões legítimas de cuidado e ciência.
E finalmente, agradeço a todas as famílias atendidas, aos participantes dos clubinhos de PICS, aos jovens, mães, avós, líderes indígenas e cuidadores, que, mesmo em meio à dor, aceitaram recomeçar. São vocês que tornam esse trabalho verdadeiro.
Forum Jutahy Fonseca, Santa Cruz Cabrália - BA, Brasil
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