Práticas integrativas e complementares na atenção em saúde mental: a experiência de um Caps-Ad na região dos Caetés

A construção da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC) iniciou-se a partir do atendimento das diretrizes e recomendações de várias conferências nacionais de saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS). Contempla recursos terapêuticos que envolvem abordagens que buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde por meio de tecnologias eficazes e seguras, com ênfase na escuta acolhedora e no desenvolvimento do vínculo terapêutico. as diversas abordagens abrangidas nesse campo são a visão ampliada do processo saúde-doença e a promoção global do cuidado humano. Nesse cenário, por meio da portaria nº 849, de 27/03/2017, outras terapias são incluídas na PNPIC, como a ARTETERAPIA, MEDITAÇÃO, MUSICOTERAPIA, HEIKI, entre outras. Essas práticas se empenham na busca do bem-estar individual e coletivo. Além de gerarem redução de custos, as PIC’s tem se mostrado eficazes na promoção da saúde e na educação em saúde.

• Implantar práticas integrativas e complementares (PIC) ao plano terapeutico singular de usuários de um serviço de referência em saúde mental (CAPS-AD). • Relatar a organização das práticas implementadas no CAPS-AD, tendo como foco analítico sua rel o estudo se trata de uma pesquisa compreensivo-interpretativa de abordagem qualitativa, onde se utilizou relato de experiência vivenciada pelos usuários do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas, no município de Bragança/PA, no período de julho a dezembro de 2018. A população alvo foram os usuários do CAPS-AD, clientes em tratamento devido uso abusivo de álcool e outras drogas, que aceitaram as práticas integrativas e complementares em seu Plano Terapêutico Singular (PTS). Durante o período descrito foram implantadas as seguintes práticas integrativas e complementares: arteterapia, aromaterapia, heiki e meditação.

Com a ARTETERAPIA percebeu-se uma boa adesão ao grupo. Os usuários mostraram interesse pela atividade, na qual puderam aprender várias técnicas de pintura em tela e confecção de quadros. Simultaneamente foram sendo introduzidas outras práticas, como a AROMATERAPIA, MEDITAÇÃo e aplicação do HEIKI. No início se mostraram um pouco temerosos quanto à introdução dessas novas praticas no tratamento, manifestaram reações variadas, como a curiosidade, incredulidade, conflitos religiosos, que pouco a pouco foram sendo substituídos por relatos de satisfação e bem-estar inerentes das novas práticas, que os ajudaram a lidar com a ansiedade e fissura, sensações próprias dos períodos de abstinência, de forma até mais efetiva do que o uso de ansiolíticos.as práticas integrativas e complementares implantadas refletiram uma práxis libertadora e mudanças que fazem a diferença. Relatos revelaram as mudanças significativas na forma dos mesmos enfrentarem seus conflitos internos, principalmente quanto às alterações psíquicas e comportamentais relacionadas a dependência química. Observou-se que as práticas contribuíram para a redução da ansiedade, sentimentos negativos e uso de drogas, aumento do humor, prazer, estímulo a atividades laborais.

Principal

Lilian Carlamonteiro Da Silva

lcarlasilva@hotmail.com

Coautores

Kleyce Calil, Ana Carla Padilha, Moacir, Maria Liliane, Renata Melo

A prática foi aplicada em

Bragança

Pará

Norte

Esta prática está vinculada a

Uma organização do tipo

Instituição Pública

Foi cadastrada por

Mário Ribeiro Da Silva Junior

Conta vinculada

23 set 2023

CADASTRO

12 jun 2024

ATUALIZAÇÃO

Condição da prática

Concluída

Situação da Prática

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