- Práticas Integrativas e Complementares em Saúde
Adriana Vargas
- 13 nov 2024
A construção da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC) iniciou-se a partir do atendimento das diretrizes e recomendações de várias conferências nacionais de saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS). Contempla recursos terapêuticos que envolvem abordagens que buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde por meio de tecnologias eficazes e seguras, com ênfase na escuta acolhedora e no desenvolvimento do vínculo terapêutico. as diversas abordagens abrangidas nesse campo são a visão ampliada do processo saúde-doença e a promoção global do cuidado humano. Nesse cenário, por meio da portaria nº 849, de 27/03/2017, outras terapias são incluídas na PNPIC, como a ARTETERAPIA, MEDITAÇÃO, MUSICOTERAPIA, HEIKI, entre outras. Essas práticas se empenham na busca do bem-estar individual e coletivo. Além de gerarem redução de custos, as PIC’s tem se mostrado eficazes na promoção da saúde e na educação em saúde.
• Implantar práticas integrativas e complementares (PIC) ao plano terapeutico singular de usuários de um serviço de referência em saúde mental (CAPS-AD). • Relatar a organização das práticas implementadas no CAPS-AD, tendo como foco analítico sua rel o estudo se trata de uma pesquisa compreensivo-interpretativa de abordagem qualitativa, onde se utilizou relato de experiência vivenciada pelos usuários do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas, no município de Bragança/PA, no período de julho a dezembro de 2018. A população alvo foram os usuários do CAPS-AD, clientes em tratamento devido uso abusivo de álcool e outras drogas, que aceitaram as práticas integrativas e complementares em seu Plano Terapêutico Singular (PTS). Durante o período descrito foram implantadas as seguintes práticas integrativas e complementares: arteterapia, aromaterapia, heiki e meditação.
Com a ARTETERAPIA percebeu-se uma boa adesão ao grupo. Os usuários mostraram interesse pela atividade, na qual puderam aprender várias técnicas de pintura em tela e confecção de quadros. Simultaneamente foram sendo introduzidas outras práticas, como a AROMATERAPIA, MEDITAÇÃo e aplicação do HEIKI. No início se mostraram um pouco temerosos quanto à introdução dessas novas praticas no tratamento, manifestaram reações variadas, como a curiosidade, incredulidade, conflitos religiosos, que pouco a pouco foram sendo substituídos por relatos de satisfação e bem-estar inerentes das novas práticas, que os ajudaram a lidar com a ansiedade e fissura, sensações próprias dos períodos de abstinência, de forma até mais efetiva do que o uso de ansiolíticos.as práticas integrativas e complementares implantadas refletiram uma práxis libertadora e mudanças que fazem a diferença. Relatos revelaram as mudanças significativas na forma dos mesmos enfrentarem seus conflitos internos, principalmente quanto às alterações psíquicas e comportamentais relacionadas a dependência química. Observou-se que as práticas contribuíram para a redução da ansiedade, sentimentos negativos e uso de drogas, aumento do humor, prazer, estímulo a atividades laborais.
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