O projeto “O ACS e o Diabetes” foi desenvolvido no Centro Estadual de Atenção Especializada (CEAE) em Viçosa-MG, visando capacitar Agentes Comunitários de Saúde (ACS) para aprimorar sua atuação na atenção aos portadores de Diabetes Mellitus. A iniciativa consistiu em 4 encontros presenciais no auditório do IMAS, com participação de multiprofissionais do CEAE.
O CEAE configuram-se como ponto de atenção da média complexidade ambulatorial, voltado para atenção Materno-Infantil de risco; Saúde da Mulher, com ênfase na propedêutica do câncer de colo de útero e mama; Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes Mellitus e Doença Renal Crônica de alto e muito alto risco. Oferece serviços de ginecologia, obstetrícia, pediatria, mastologia, nefrologia, cardiologia, endocrinologia, farmácia clínica, enfermagem, nutrição, psicologia e serviço social. Atende à microrregião de saúde de Viçosa: São Miguel do Anta, Teixeiras, Porto Firme, Cajuri, Paula Cândido, Araponga, Canaã e Pedra do Anta e Viçosa.
Objetivos:
1. Aprofundar o entendimento do papel do ACS no acompanhamento de diabéticos;
2. Desenvolver habilidades para promover adesão ao tratamento;
3. Ampliar conhecimentos sobre diagnóstico, aplicação de insulina e descarte de materiais;
4. Estimular habilidades de observação e análise crítica para o autocuidado.
A metodologia incluiu apresentações, slides e vídeos, abordando temas como prevenção, manejo e educação em diabetes. A capacitação visou fortalecer o papel dos ACS como multiplicadores de informação e promotores de saúde na comunidade.
A crescente prevalência do diabetes no Brasil representa um desafio significativo para o sistema de saúde pública. Os ACS, devido à sua proximidade com a comunidade, têm um papel vital na disseminação de informações e no incentivo a práticas preventivas. No entanto, muitos ACS carecem de conhecimentos específicos sobre diabetes, limitando sua eficácia no acompanhamento dos pacientes. Esta lacuna de conhecimento representa uma oportunidade para aprimorar a atuação dos ACS através de capacitação direcionada.
A avaliação pós-capacitação revelou alta satisfação dos participantes com o conteúdo, metodologia e condução do evento. A maioria dos ACS relatou que a capacitação contribuiu significativamente para o aprimoramento de seus conhecimentos e habilidades, permitindo maior segurança e eficácia na sua atuação junto à comunidade.
A iniciativa resultou em:
1. Aumento do conhecimento dos ACS sobre diabetes;
2. Maior confiança dos ACS no acompanhamento de pacientes diabéticos;
3. Melhoria na capacidade de orientação sobre prevenção e manejo do diabetes;
4. Fortalecimento do papel dos ACS como educadores em saúde.
Para implementar práticas similares de capacitação de ACS sobre diabetes, recomenda-se:
1. Realizar um diagnóstico prévio do conhecimento dos ACS sobre diabetes, permitindo adaptar o conteúdo às necessidades específicas do grupo. Isso garante que a capacitação seja relevante e eficaz.
2. Utilizar metodologias interativas e participativas, como simulações, estudos de caso e discussões em grupo. Essas abordagens engajam os participantes, facilitam a retenção do conhecimento e promovem a troca de experiências entre os ACS.
3. Envolver uma equipe multiprofissional na elaboração e condução das atividades educativas. A diversidade de perspectivas enriquece o conteúdo e oferece uma visão holística do cuidado ao paciente diabético.
4. Desenvolver e fornecer materiais educativos de fácil compreensão, como cartilhas ilustradas e folhetos informativos. Esses recursos servem como referência para os ACS em suas atividades diárias e auxiliam na disseminação de informações à comunidade.
5. Estabelecer um programa de educação continuada com encontros regulares para atualização e reforço dos conhecimentos. Isso mantém os ACS informados sobre as últimas diretrizes e práticas no manejo do diabetes.
6. Implementar um sistema de avaliação e feedback contínuo, permitindo ajustes no programa de capacitação e identificação de áreas que necessitam de maior atenção ou aprofundamento.
7. Incentivar a criação de redes de apoio entre os ACS, facilitando a troca de experiências e o aprendizado colaborativo mesmo após o término da capacitação formal.
Esta abordagem abrangente e contínua fortalece as habilidades dos ACS, melhorando sua eficácia no cuidado aos pacientes diabéticos e na promoção da saúde na comunidade.
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