O FAFERJ SAÚDE é um projeto que busca promover o acesso à saúde em comunidades e favelas do Rio de Janeiro. A iniciativa busca a formação e capacitação de 15 presidentes e diretores de associações de moradores de favela em quatro pilares estratégicos – Políticas Públicas; Estrutura da saúde pública e formas efetivas de acesso; Ação em rede; e Acesso ao Governo Digital. Com isso, visa dotar as associações comunitárias de habilidades necessárias para assumir um papel ativo na consolidação das pautas de promoção à saúde nas comunidades; e visa criar uma rede de organizações comunitárias de favela capazes de agir conjuntamente para a efetivação dessas pautas.
O curso, ministrado em módulos por professores qualificados de extenso currículo e experiência na área de acesso à políticas públicas e saúde, aborda cada um dos pilares proposto, utilizando metodologias participativas, como estudo de caso, simulações de diálogos comunitários e ações sociais nos territórios. Desse modo, pode captar dados sobre questões de saúde nas comunidades, aplicar métodos de comunicação comunitária para divulgar informações relevantes para os moradores e combater fake news.
O projeto não apenas fornece conhecimento, mas empodera as comunidades, tendo em vista a formação e capacitação em saúde, como acessar políticas públicas, seus direitos e deveres. Como resultado, ao fim do curso, esses agentes serão capazes de interiorizar e capilarizar a atuação da rede entre os moradores das comunidades.
A FAFERJ identifica desafios notáveis, destacando, primeiramente, as barreiras significativas no acesso à saúde, como a escassez de unidades médicas e a falta de profissionais, resultando muitas vezes em longas distâncias até os centros de atendimento. Além disso, observou-se a carência de informação e conscientização sobre questões de saúde, exacerbada pela presença de desinformação e fake news. Adicionalmente, constatou-se que líderes comunitários carecem de capacitação para fomentar sua participação na formulação de políticas de saúde e na defesa dos direitos locais.
Para endereçar esses desafios, baseia-se no seguinte fundamento: um mapeamento detalhado dos recursos disponíveis e das necessidades específicas em cada favela representada, fundamentado em dados locais e indicadores públicos. Desenvolvem-se módulos de capacitação adaptados, abrangendo saúde, empoderamento comunitário, comunicação eficaz e acesso a políticas públicas. Ações práticas, como mutirões de saúde, diálogos comunitários e ações sociais são implementadas para envolver os moradores, coletar dados e compreender as dinâmicas locais.
Incentiva-se a participação ativa dos líderes comunitários na identificação e solução de problemas locais, promovendo autonomia. Com a criação de estratégias de comunicação comunitária, canais locais são utilizados para disseminar informações sobre saúde e combater a desinformação. A introdução de ferramentas digitais acessíveis busca otimizar a comunicação entre as favelas e facilitar o acesso à informação sobre saúde e políticas públicas. Além disso, a implementação de um sistema de avaliação contínua permite ajustes no plano com base no feedback dos moradores e nos resultados obtidos. Dessa forma, o projeto pode atender às necessidades específicas das favelas, promovendo fortalecimento comunitário e melhorias integrais na saúde local.
Espera-se que os participantes do curso desenvolvam uma compreensão sólida das políticas públicas e da estrutura de saúde, capacitando-os a serem agentes de mudança em suas comunidades.
O envolvimento ativo dos 15 líderes comunitários em atividades de campo, como ações sociais e levantamento de dados nas comunidades, visa fortalecer a conexão entre os participantes e as realidades locais, promovendo um entendimento mais profundo das necessidades específicas. Além disso, busca-se uma maior conscientização sobre questões de saúde e políticas públicas, com a disseminação de informações de maneira acessível e relevante.
Com o desenvolvimento de habilidades práticas ao longo do curso, os participantes são capazes de se tornar agentes efetivos de promoção da saúde em suas comunidades. A formação de uma rede de líderes comunitários não apenas amplifica o impacto do projeto, mas também cria uma base sustentável para a continuidade das iniciativas comunitárias.
A redução da disseminação de fake news sobre saúde e a participação ativa dos líderes em discussões sobre políticas públicas demonstrando um avanço na conscientização e engajamento cívico. Por fim, uma avaliação da satisfação dos moradores buscando compreender qualitativamente o impacto percebido, fornecendo insights valiosos sobre a eficácia das mudanças implementadas nos serviços de saúde locais. Esses resultados não apenas buscam medir o impacto, mas também destacam o compromisso do projeto em promover transformações significativas e sustentáveis nas comunidades atendidas.
Uma dica importante seria garantir a flexibilidade na aplicação da metodologia, adaptando-a às características e desafios específicos de cada comunidade/local. Além disso, é essencial promover parcerias locais estratégicas e envolver ativamente líderes comunitários e moradores, assegurando que as iniciativas reflitam as necessidades reais da população e tenham sustentabilidade a longo prazo. Por fim, recomendamos priorizar ações de coletividade, incentivando a mobilização para mudanças positivas e soluções eficazes.
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