A rede de saúde do município de Santana, localizado no estado do Amapá
recebeu nos últimos anos uma alta demanda de avaliação para diagnóstico do
transtorno do Espectro Autista (TEA); condição que afeta o desenvolvimento
neurológico que envolve dificuldade de comunicação e interação social, atraso no
desenvolvimento motor, hipersensibilidade sensorial e comportamentos metódicos ou
repetitivos. A falta de diagnóstico do TEA tem sido desafiador ao sistema público de
saúde e traz inúmeros prejuízos à população que sem um diagnóstico tem dificuldade
em ter acesso precoce à terapias e direitos. O diagnóstico envolve várias áreas como
avaliação clínica do paciente e entrevista com os responsáveis, avaliação psicológica,
fonoaudiológica, Terapia ocupacional, avaliação da cognição social, dentre outros
instrumentos a depender da demanda da criança, e por fim consulta com neurologista
e ou psiquiatra. Assim sendo, o Centro de Atenção Psicossocial Infanto-juvenil entre
os meses de maio a dezembro de 2024 planejou e executou uma sistemática avaliação
multiprofissional que realizou 421 avaliações no período. Esta caracterizou-se por ser
rápida, objetiva e de baixo custo. O projeto acelera Santana demonstra a força do SUS
que se mostra capaz de atender as mais complexas situações de saúde utilizando
instrumentos de organização, estratégia e gestão clínica utilizando o corpo técnico que
tem disponível sem necessidade de altos custos operacionais e sendo eficiente.
Realizar ação de avaliação multiprofissional em um processo de
diagnóstico mais rápido e simplificado para pacientes que apresentam características
moderadas e severas de Autismo e que possam de forma segura receber o
diagnóstico. Reduzindo assim, a extensa lista de espera e oportunizando o mais
precoce possível o acesso a terapia, ao benefício social, e ao atendimento escolar
especializado, bem como, o acesso aos demais direitos da pessoa autista.
Foram realizadas 421 avaliações no período de maio a dezembro de
2024, com o seguinte resultado:
• 267 crianças diagnosticadas com algum transtorno, sendo os mais identificados,
TEA, TDAH, TOD, DI.
• 98 necessitaram de avaliação mais detalhada;
• 11 crianças encaminhadas ao neuropsicólogo para investigar deficiência
intelectual,
• 16 crianças que não apresentaram nenhum transtorno;
• 29 abandonaram a avaliação.
conhecer a realidade de sua comunidade e os recursos disponíveis para resolver de forma rápida, responsável e com baixo custo as maiores demandas existentes e persistentes.
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