Traçar o perfil das Regiões de Saúde no Ceará, em 2015, quanto às internações por condições sensíveis à atenção primária – ICSAP. METODOLOGIA: realizou-se análise de proporções e taxas por dez mil habitantes, de internações no SUS, por causas da Lista Brasileira de ICSAP, do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS) no Ceará. Foram selecionadas internações de residentes menores de 10 anos em 22 regiões de saúde.
A atenção primária, estratégia organizativa do SUS, foi reforçada na iniciativa recente de estruturação das redes de atenção. O Ceará, desde 1998, reordenou o modelo assistencial, em regiões de saúde, com base na atenção primária. Este é um cenário propício a estudos que contribuam com a avaliação em saúde, no subsídio à gestão, dentre outros, na consolidação de sistemas de monitoramento de base regional e municipal. Nas áreas prioritárias para tais abordagens sobressai a atenção à criança, pois neste grupo já se inicia a operacionalização de redes. Estudos sobre as internações por condições sensíveis à atenção primária têm sido utilizados para avaliar a qualidade de ações e programas.
As ICSAP em menores de 10 anos no Ceará, em relação ao total de internações, em uma década apresentou uma queda de 18,8%, com variação de risco de decréscimo de 26,6%. Em 15 regiões de saúde, o risco observado foi menor que o do estado. Contudo, analisando a frequência, entre os grupos de causas, as internações por GIC superaram a do estado em 70% das regiões. Os resultados apontam para a necessidade de inclusão destas condições como indicadores de sistemas locais e regionais de monitoramento, a serem estruturados, de modo a contribuir com a avaliação da atenção primária.
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