A finalidade da implantação/implementação deste protocolo, a princípio, era desmitificar o atendimento odontológico durante a gravidez. É sabido que muitas gestantes ainda têm receio em fazer tratamento odontológico por medo dos efeitos de anestésicos, medicações e radiografias à saúde do bebê, assim era evidente a necessidade de mudar esta realidade e convencer as gestantes a se submeterem ao tratamento odontológico em caso de necessidade. No entanto, aproveitou-se a oportunidade para a realização de educação em saúde, voltada para instruções a respeito da importância da amamentação, das mudanças hormonais durante a gestação, das alterações de paladar, além de orientações quanto à higiene bucal do bebê. Ainda, devido ao baixo acesso de gestantes à odontologia da APS, era fundamental ampliar o acesso e acolhimento das gestantes junto às ESBs. Foi solicitado às enfermeiras da Estratégia da Saúde da Família (ESF) que encaminhassem todas gestantes que fazem pré-natal na unidade básica de saúde (UBS) para a primeira consulta com a ESB. Assim, cada ESB cuida das gestantes do território total de sua UBS. Fazem o acolhimento de cada gestante de maneira individual. É realizada no mínimo uma consulta mensal com intuito de promoção/prevenção de saúde bucal e tratamento curativo em caso de necessidade. As consultas de SB são realizadas no mesmo dia da consulta médica/enfermagem para que a gestante possa aproveitar a oportunidade e ser atendida por estes profissionais no mesmo dia. Durante a consulta odontológica, temas relacionados à saúde da mãe e bebê são abordados pelo profissional com auxílio de modelos de boca para ilustração.
Em 2014, após debates nas reuniões entre as equipes de saúde bucal (ESB) da Atenção Primária à Saúde (APS), equipe CEO e Coordenação de Saúde Bucal, decidiu-se pela implantação do protocolo de atendimento às gestantes na APS e fluxograma para o CEO. Os mitos em relação tratamento odontológico durante a gestação e o baixo acesso deste público (grupo prioritário) à odontologia foi a motivação para a implantação deste protocolo. Além disso precisávamos de uma maior integração entre a ESB e Equipe da Saúde da Família (ESF) e ESB e equipe CEO (média complexidade). Ainda, foi considerado o fato da gravidez ser uma condição crônica que inspira cuidados especiais durante seu curso. Por ser a APS a porta de entrada para a população foi oportuna à implementação deste protocolo que nos permitiu ampliar a equidade e universalidade das ações.
A implantação/implementação deste protocolo permitiu maior contato entre as ESBs e ESF assim como ESB e equipe CEO uma vez que exige maior diálogo entre equipes. Além disso, as ESBs da APS passaram a ser mais resolutivas pois ampliaram seu leque de atividades. Ainda, cita-se a melhora no acesso e acolhimento às gestantes na APS que foi possível através deste protocolo. Para melhorar ainda mais este quadro é necessário ampliar ainda mais a cobertura de ESB na APS até alcançar 100% de cobertura.
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